- RicardoRoda escreveu:
- Magalhães,
Fiquei assutado com a retração. Mas pode ser por conta do período mesmo.
Apesar de termos total liberdade de voar, como sugestão a WINGS poderia dar uma dica de voos mais rentáveis, assim tenho certeza que nossos pilotos fariam pelo menos um deles ao mês e se possível aidna mais. ( seriam estes somente os fretes especiais?)
A dica do uso do C208F como frete especial do mês no interior de SP eu creio que configura esta possível estratégia.
Uma outra dica é que logo precisaremso fazer a manutenção das aeronaves (CHECKs) e para tornar ainda mais real no mês que tal aeronave estiver fazendo o CHECK o uso deverá ser por conta daquelas que estão em plena operação. Afinal já estamos entrando no 14º mês de operações...
Abraços e conte com a minha tripulação!
Bom dia Roda!
Eu também me assustei com o volume de retração (-81%), mas existem fatores que explicam esse resultado que não ficam aparentes apenas no lucro acumulado. Já que você deu a deixa eu vou detalhar um pouco mais as finanças da Wings Airways.
O lucro acumulado é o resultado da conta (Receitas – despesas). A receita bruta obtida na operação de janeiro (na ordem de $690 milhões) foi menor que a média anterior.
Esta redução é explicada por fatores operacionais listados abaixo:
Padrões de vôo: As operações de vôo da Wings Airways são globais caracterizadas por vôos intercontinentais de longo curso realizados por grandes aeronaves. Este padrão vem sofrendo alterações que se intensificaram agora em janeiro. Neste mês 90% dos vôos registrados foram vôos curtos de alcance regional e realizado com aeronaves pequenas. Estes vôos são lucrativos também, mas em um patamar menor que os de longo curso. Ou seja, é preciso de uns quatro ou cinco voos de B737C para se igualar a apenas um vôo de B772 ou B747.
Frete especial humanitário: Este fator foi pontual. Normalmente um frete especial é especialmente lucrativo para a Wings Airways por se tratar de uma operação previamente planejada e dirigida a “apenas um cliente”. Não foi o caso dos FESP de janeiro onde os fretes foram humanitários. Ou seja, 29 voos que não geraram receita alguma e ainda tiveram seus custos por conta da Cia.
Pelo lado das despesas de janeiro ocorreu uma substancial elevação causada pelos seguintes fatores:
Atualização das diversas planilhas de custos: Foram reajustados em janeiro praticamente todos os custos operacionais. Alem destes ocorreram reajustes em custo de alugueis de escritórios comercias mundo a fora e também a renovação de seguros dos MD11F.
Manutenção de aeronaves: Em janeiro foi quitado à compra de dois motores sobressalentes para o MD11F num custo total de ($50 milhões). Fora isso o WMB e o WCA tiveram que ser revisados após pousos um pouco duros se juntando ao WLC, WBC e WSB que estão em fora de operação desde julho de 2010 por motivo de uma ampla revisão. Todos estes custos somados aos checks normais elevaram bastante o gasto com manutenção em janeiro. A frota Wings apesar de ser nova tem já um ano de vida e os custos de manutenção começam a se elevar.
Custo operacional: Este fator é causado pela elevação de custos diretos dos vôos. Os FESP novamente pesam aqui em janeiro porque seu custo foi sem retorno. Mas também pesa o fato de que a maioria dos vôos registrados ainda é de fretamento. Voar fora de nossos hubs tem custo cerca de 50% maior em relação a vôos regulares.
No geral pesando todos estes fatores vimos que o resultado do lucro acumulado foi atingido por fatos redutores em seus dois pontos (receita menor e custo maior) sendo esperada uma redução expressiva.
Mas se houve uma redução expressiva por que é considerado ainda um resultado positivo?
Considero positivo o resultado por não avalio ele isoladamente. Comparo-o com a linha histórica dos últimos resultados e também com a tendência futura.
As operações cresceram e vem crescendo mês a mês. A receita bruta embora reduzida foi expressiva e não estão previsto novos sobressaltos nesta tendência para os próximos exercícios.
A elevação de custos foi dentro de uma margem aceitável e estava prevista devido à época do ano.
Portanto a variação do lucro acumulado esta dentro da margem de segurança traçada com base na linha histórica dos resultados.
Quais seriam minhas sugestões de vôos para sempre garantir uma receita expressiva?
As operações de maior lucratividade na Wings Airways são:
Voos de longo curso.
Voos com aeronaves de grande porte (B744F/B772F/MD11F).
Voos com mais de 70 toneladas de carga embarcada.
Voos regulares e fretes especiais.
A gestão Wings Airways vinha trabalhando esse fator (lucratividade) por meio de seus fretes especiais e gestão de frota. A entrada em operação do B737C e depois do B752F marcou a mudança temporária nesta política. Buscamos com estes novos modelos abrir mercado e principalmente mais chances para voar. Afinal nem sempre temos tempo para vôos de longo curso e principalmente os novos pilotos teriam melhores opções de adaptação à operação da Cia antes de se aventurar em grandes cargueiros e uma operação mais complicada.
Esta política também foi responsável pela redução nos lucros acumulados. É como se trocássemos um grande volume de lucro por uma maior liberdade de voar.
Nosso planejamento contempla a volta ao incentivo dos vôos de longo curso a partir de março com o lançamento de um grande evento FESP com duração pelo ano de 2011 todo.
Com relação à manutenção de aeronaves.
Ela já ocorre em planilhas de custos, mas eu estou estudando formas de apresentar aos pilotos um cronograma destas manutenções para que as aeronaves não sejam utilizadas enquanto estão em manutenção.
Se alguém tiver uma sugestão para este cronograma. É só postar.
Bom, acho que vocês puderam perceber que o financeiro da Wings é tão simulado quanto nossos vôos.
Na página estatística você encontra dados que vão lhe auxiliar a escolher seus vôos sempre de acordo com o que vem ocorrendo diariamente em nossas operações.
Bons vôos!